A propósito do filme em competição este ano em Cannes, saberá bem recordar a precedente obra de Kiarostami, em particular um trabalho que muito me agradou. Inspirado num verso do grande poeta persa Sohrab Sepehri, o iraniano conta, de forma igualmente poética e simples, a história de um rapaz que foge da sua aldeia-natal em busca do amigo para lhe devolver um caderno que sem querer ficou. É uma história como qualquer outra, que explora, com exímia subtileza, as interacções alunos / professor, dando a entender a autoridade existente e precursora de toda uma mentalidade social. Kiarostami faria então melhores filmes, mas guardo a este um especial carinho, por ter sido o primeiro que vi dele. Espero que o filme em Cannes ganhe alguma coisa.
O REGRESSO DE BUDD BOETTICHER, por Bill Krohn
Há 3 semanas
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