terça-feira, 18 de maio de 2010

Playtime

No cinema de Tati, o cenário é a coisa mais importante do mundo, seguido das interpretações e da forma como o argumento é pegado. Aliás, toda a história se constrói a partir do visual, pelo que podemos dizer que o francês é obviamente um visionário, um cineasta nata. A maneira como a realidade e o sonho se interceptam numa cinzentíssima concepção da vida moderna é honestamente genial. Não houve nenhum outro como Jacques. Este Playtime não é uma recordação mas sim um futuro, da arquitectura vazia da contemporaneidade, do stress e do trabalho terciarizado, da perda do coração. Mas há em toda esta melancolia um suave toque de comédia, como se fosse urgente aligeirar as mentes humanas desta realidade profundamente horrível.

1 comentário:

Roberto Simões disse...

Parabéns pelo espaço. Não conhecia. Tornar-me-ei seguidor.

Por acaso ainda não vi este PLAYTIME, mas quero muito ver. Depois de ter visto O MEU TIO fiquei fascinado pelo trabalho de Tati.

Cumps.
Roberto Simões
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