domingo, 16 de maio de 2010

Fight Club

Dois motivos por que gosto de Fight Club: tem o Brad Pitt na sua melhor forma (uma beleza e atractividade áureas) e tem o David Fincher na sua melhor forma (depois só piora, mais ainda com a bodega dO Estranho Caso de Forrest Gump). De facto, e apesar desta ser uma adaptação literária, considero-o uma obra-prima. Muito simplesmente porque retrata a sociedade capitalista e vazia em que vivemos como ninguém, e uma ânsia de nos superarmos a nós mesmos pelo recurso ao terror e à violência espectaculares. Veja-se, por exemplo, a última cena, duas personagens frente à espectacularidade do ruir do mundo, que o podre do ser humano anseia desde os primórdios da sua existência. Ou não haveria merdas como 2012, Dia da Independência ou O Dia depois de Amanhã por aí. Apesar de sensacionalista, a câmara de Fincher sabe bem como construir uma parábola dos tempos modernos como o vazio que somos. Equiparamos perfeitamente este filme, comercial e norte-americano, com a filosofia catastrófica de Nietzsche (tinha que vir...) e a busca pela identidade que vemos em Persona, de Ingmar Bergman. Aliás, este Fight Club é claramente um Persona 2. Não deixa, contudo, de ter o seu mérito e de ser um bom filme.

1 comentário:

Roberto Simões disse...

Um filme genialíssimo, o melhor de David Fincher para mim, concordo em relação ao Pitt. Tenho que o rever e tecer-lhe uma crítica capaz.

5*

Cumps.
Roberto Simões
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