No cinema de Tati, o cenário é a coisa mais importante do mundo, seguido das interpretações e da forma como o argumento é pegado. Aliás, toda a história se constrói a partir do visual, pelo que podemos dizer que o francês é obviamente um visionário, um cineasta nata. A maneira como a realidade e o sonho se interceptam numa cinzentíssima concepção da vida moderna é honestamente genial. Não houve nenhum outro como Jacques. Este Playtime não é uma recordação mas sim um futuro, da arquitectura vazia da contemporaneidade, do stress e do trabalho terciarizado, da perda do coração. Mas há em toda esta melancolia um suave toque de comédia, como se fosse urgente aligeirar as mentes humanas desta realidade profundamente horrível.
ENCONTRO COM PEDRO M. RUIVO
Há 4 dias
1 comentário:
Parabéns pelo espaço. Não conhecia. Tornar-me-ei seguidor.
Por acaso ainda não vi este PLAYTIME, mas quero muito ver. Depois de ter visto O MEU TIO fiquei fascinado pelo trabalho de Tati.
Cumps.
Roberto Simões
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