segunda-feira, 17 de maio de 2010

Werckmeister harmóniák

Será difícil expressar o meu amor por Béla Tarr, o húngaro que deu a vida que o cinema contemporâneo necessitava. Inspirado por anteriores mestres, é de realçar o respeito que tem na forma como filma, com quietude e curiosidade mórbidas, os seres vivos que são parte integrantes de uma história universal, são agentes da dicotomia que Tarr gosta de fazer, entre a esperança e o desespero, entre o amor e o ódio. O silêncio que é captado e tão valorizado é o ponto de partida para o éter, a perfeição, uma das experiências mais significantes da nossa pobre vida. Num mundo onde o caos reina, não fazia sentido deixar que o ritmo do próprio filme fosse tempestuoso, vendo-o então pausadamente. É um filme parado mas perfeito, perfeito, perfeito.

2 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Ando há muito tempo para ver alguma coisa dele. Gostei muito deste blog, parabéns! Voltarei, obviamente :P

Abraços

Frederico Fellini disse...

Obrigado, Flávio, vê e volta.